A ex-esposa do advogado Júlio Zacarias Ferraz, que foi achado morto após passar mais de 15 dias desaparecido, na Bahia, foi presa no final da manhã desta quinta-feira (14), junto com a empregada doméstica dela. De acordo com a Polícia Civil, a dupla é suspeita de encomendar o crime, na cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. Conforme a polícia, Glaucia Mara Ottan de Souza Machado teria pedido para a funcionária dela, identificada como Maria Luiza Borges do Carmo, encontrar homens para matar o ex-marido, porque não aceitava o fim da relação e queria os bens dele. O serviço teria custado R$ 2 mil.
Maria Luiza confessou o crime e disse que foi obrigada pela patroa. Já Glaucia Mara não quis comentar as acusações. A polícia informou que a mulher nega as acusações. As duas tinham prisões decretadas pela Justiça e serão encaminhadas para o sistema prisional. Ainda segundo a polícia, dois homens são procurados pela morte do advogado. As identidades deles não foram divulgadas, mas a polícia informou que eles são de Feira de Santana. O caso segue sob investigação da Polícia Civil da cidade. Segundo a polícia, a ex-esposa de Júlio Zacarias tem passagem por outros crimes e já teria tentando matar o advogado em outro momento. Ela e a vítima têm dois filhos.
A polícia informou que a prisão da suspeita e da empregada dela só foi possível graças ao trabalhado feito em parceria com a Polícia Civil de Santo Amaro, cidade onde o corpo do advogado foi encontrado. A ação também contou com o apoio da Polícia Federal. Júlio Ferraz desapareceu no dia 15 de janeiro, no dia do aniversário dele e de um dos filhos, na cidade de Feira de Santana, onde morava. O corpo do advogado foi encontrado no dia 16 de janeiro, na cidade de Santo Amaro, no recôncavo da Bahia. No entanto, a polícia ainda não sabia que se tratava da vítima.
O corpo do advogado só foi identificado em 5 de fevereiro, um dia depois que a família registrou o desaparecimento dele. Os pais e irmãos de Júlio Ferraz são de Vitória da Conquista, no sudoeste do estado, e procuraram a polícia de Feira de Santana no dia 4 deste mês. O corpo de Júlio ficou mais de 15 dias no Instituto Médico Legal (IML) de Santo Amaro até a identificação da vítima, que chegou a ser dada como indigente. O advogado foi enterrado no dia 7 de fevereiro, em Vitória da Conquista.
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