Após dar aval ao decreto que facilita a posse de armas no país, o governo de Jair Bolsonaro quer mais tempo para aprovar mecanismos que flexibilizem o porte de armamentos. A possibilidade de moradores de todos os estados requisitarem a posse de armas sem ter que comprovar necessidade efetiva era uma promessa de campanha de Bolsonaro, mas o porte não entrou no decreto assinado nesta terça-feira (15), porque isso poderia gerar questionamentos judiciais. Auxiliares próximos do presidente acreditam que a discussão sobre o direito de carregar armas na rua -o porte- é mais delicada e deve ser feita em parceria com o Congresso.
Além disso, ponderam, é preciso focar as articulações com os parlamentares para a aprovação da reforma da Previdência, hoje principal bandeira da equipe econômica comandada por Paulo Guedes (Economia). O temor desses assessores é que duas propostas controversas -o porte de armas e as mudanças nas regras para aposentadoria- sejam debatidas ao mesmo tempo no Legislativo, prejudicando suas tramitações. A ideia do governo é que Bolsonaro e sua tropa de choque mantenham o discurso público favorável ao porte de armas, que tem aderência em parte de seu eleitorado, e monitorem o clima sobre sua aceitação no Congresso. Caso seja positivo, podem tentar construir acordo para o projeto. *Bahia Notícias
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