A Polícia Federal (PF) abrirá uma investigação para apurar se há uma organização criminosa que estaria impedindo a resolução do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (1) pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
De acordo com Jungmann, há a participação de agentes públicos e milicianos na organização criminosa, que estaria desviando e obstruindo as investigações do homicídio. "Vai ter duas investigações em paralelo. A da morte de Marielle continua, mas vai ter outro eixo, que vai investigar, seja quem está dentro do poder público, ou quem está fora. É uma investigação da investigação, vamos assim dizer [...] Se levar luz sobre quem matou Marielle Franco, é uma possibilidade, mas não é esse o objeto", informou o ministro.
Até o momento, a investigação sobre o caso está com a Polícia Civil do Rio de Janeiro. No entanto, a partir de dois depoimentos colhidos por procuradores federais, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou a abertura de um novo inquérito.
Para Jungmann, a participação da Polícia Federal no caso se torna necessária por envolver, além de organização criminosa, indícios de coação no curso do processo, fraude processual, favorecimento pessoal, patrocínio infiel, exploração de prestigio, falsidade ideológica, fraudes e eventual crime de corrupção. As testemunhas deram seu depoimento dentro e fora do Rio de Janeiro e suas famílias contarão com a proteção da PF.
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