Neymar ignorou o forte calor e o desinteresse quase geral para liderar a seleção brasileira na vitória sobre a Arábia Saudita na última sexta-feira (12), em Riad. Mesmo sem gols, o atacante deu assistência para Gabriel Jesus abrir o placar e cruzou para Alex Sandro fazer 2 a 0. Na saída do estádio, também atraiu holofotes, atendendo pacientemente a toda imprensa presente.
Poderia ser apenas um roteiro comum de uma simples partida do Brasil. O comportamento do craque, no entanto, mostra uma mudança quase que completa de um questionado camisa 10 na última Copa do Mundo. Dentro de campo, a retomada do protagonismo de quem participa de quase metade dos gols do time na era Tite contrasta com um mundial apagado na Rússia. Fora dele, Neymar mostra postura diferente após fugir dos microfones na Copa.
O novo roteiro poderia ser justificado apenas pelas vitórias, dando a entender que Neymar só aparece nos bons momentos. Mas a situação vai um pouco além. O fato de dar mais a “cara a tapa” é um pedido de Tite. O treinador cobrou que o craque de seu time se posicionasse mais, se escondesse menos, ao entregar-lhe de maneira definitiva a faixa de capitão.
“Fiquei calado ali porque não concordei com as coisas que falaram depois da Copa. Não queria expor minha opinião ali naquele momento. Era delicado. Eu não tinha muito o que falar. Eu tinha que sofrer a dor e trabalhar. Vida que segue. É um novo ciclo e temos que ir em frente”, comentou o craque.
“Fico feliz com as minhas apresentações neste momento, com os jogos que venho fazendo. Dar assistência é tão importante quanto fazer o gol. Queria ajudar o Jesus, cruzei para o outro gol. Estou muito feliz. É uma retomada, sim. Precisávamos retomar o ânimo, a alegria, jogar com essa vontade”, completou Neymar.
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