O ex-ministro Antonio Palocci declarou, em delação premiada, que o PT ficava com parte dos contratos de publicidade da Petrobras. De acordo com o documento do testemunho obtido pelo Antagonista, as empresas de marketing e propaganda contratadas pela gestão de Wilson Santarosa destinavam 3% dos valores dos contratos de publicidade ao PT por meio de tesoureiros. Santarosa, que comandava a Gerência Executiva de Comunicação Institucional da estatal, era conhecido líder sindical dos petroleiros do PT de Campinas, ligado a “Lula, Luiz Marinho e Jacob Bittar”.
Sérgio Moro quebrou nesta segunda-feira (1°) o sigilo de parte do acordo de colaboração de Antonio Palocci com a Polícia Federal (PF). De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o juiz incluiu as informações delatadas por Palocci na ação penal do Instituto Lula. No despacho, Moro defende que ao analisar a delação, não encontrou no conteúdo “riscos às investigações em outorgar-lhe publicidade”. Em um dos anexos do testemunho, Palocci teria detalhado um suposto esquema de indicações para cargos na Petrobras durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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