A intenção de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de concorrer ao terceiro mandato como presidente da República foi frustrada na noite desta sexta-feira (31), em sessão extraordinária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que encerrou na madrugada deste sábado (1º).
Seis dos sete ministros da Corte decidiram tornar o ex-presidente inelegível, baseada na condenação do petista em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, investigado pela Operação Lava-Jato.
Lula também não poderá participar do horário eleitoral em rádio e televisão. Sua estreia entre os concorrentes ao Palácio do Planalto ocorreria nos programas previstos para este sábado (1º). Ao PT, foi dado o prazo de 10 dias para a apresentação de um novo candidato.
— É uma operação singela de aplicação de uma lei clara que consagra inelegibilidade de alguém que tenha sido condenado por crime contra a administração pública ou lavagem de dinheiro por órgão colegiado — pontuou o relator do processo, ministro Luís Roberto Barroso.
A situação deixa a cúpula petista com um dilema: aguardar a Justiça se manifestar, apostando na obtenção de uma "superliminar" que libere o ex-presidente para concorrer, ou definir a substituição do candidato.
Se a segunda hipótese for a escolhida, o vice Fernando Haddad ocuparia o lugar de Lula e a deputada estadual Manuela D’Ávila assumiria o posto de vice na chapa. O prazo máximo para a ação é 17 de setembro, 20 dias antes do primeiro turno da eleição.
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