terça-feira, 21 de agosto de 2018

Deixar de pagar água e luz vira "estratégia" entre os brasileiros

Na hora do aperto, as contas de energia e água estão sendo deixadas de lado entre os brasileiros. Segundo dados do SPC Brasil, o calote nesses débitos subiu 7,6% nos 12 meses encerrados em julho. No mesmo período, as dívidas bancárias – como cheque especial, empréstimos pessoais e cartão de crédito – subiram 6,9%. 

A decisão sobre qual conta atrasar, segundo o SPC e a Serasa Brasil, está ligada ao fato de que os juros, nas contas de água e luz, serem bem mais baixos do que os cobrados em débitos ligados a instituições financeiras. Além dos juros mais baixos, o reajuste das contas básicas superou – e muito – a inflação. 

Enquanto o IPCA, principal índice de inflação, subiu 4,48% nos 12 meses acumulados até julho, a inflação da energia elétrica medida pelo IBGE subiu 18,02%. Desta forma, o Brasil formou uma legião de “equilibristas” de contas, de acordo com a economista-chefe do SPC, Marcela Kawauti “O jeito é manter algumas contas em dia, enquanto o orçamento está apertado.” 

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