terça-feira, 31 de julho de 2018

Vane solta o verbo e afirma: "Eu não sou ladrão. Entrei na Prefeitura com o que eu tinha e saí com o que eu tinha."

Ouça a entrevista completa:
O ex-prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, durante uma entrevista nessa terça-feira (31) á Jarles Soares da Rádio Jornal de Itabuna, respondeu à diversas acusações que lhe foram feitas, como pelo atual prefeito Fernando Gomes que o acusa de não ter permitido a conclusão da obra do Shopping popular. Além disso esclareceu dúvidas e questionamentos sobre projetos do seu mandato. 

No começo da entrevista, Vane, em alguns momentos mostrou-se indignado e até certo ponto ofendido com as acusações, relembrando repentinamente que quando foi prefeito presenciou as inúmeras necessidades que a população mais carente de Itabuna enfrentava, sendo uma delas a dos camelôs. “Pessoas de bem, pais de família, que um dia estão ali, outro ali. Via o sofrimento e agonia destas pessoas, sem nenhuma segurança ou conforto. Quando assumi quis construir um espaço digno pra eles. Sempre me preocupei mais com os mais pobres.”

Sobre a obra do Shopping popular que está abandonada, o ex-prefeito disse que mesmo com todas as dificuldades conseguiu licitá-la, por R$ 1.940.000,00, com térreo, primeiro piso e 140 boxes, além de varanda e banheiros para os comerciantes e consumidores. O valor total, de acordo com o ex-prefeito, ficou em R$ 2.300.000,00 e só foi pago o que a empresa fez, restando cerca de R$ 360 mil para a conclusão. Ele afirma, que deixou o shopping popular com a parte térrea com 95% conclusa e com 70% do primeiro andar pronto. “Era uma obra que em torno de 2 a 3 meses já era para estar pronta.” 

Complementa também que o primeiro secretário de desenvolvimento urbano da atual gestão, Chico França, avaliou que a obra e reforma poderiam ser feitas normalmente, tudo por conta da empresa. “Não sei por que o atual prefeito não permitiu que a obra continuasse, ele só diz em derrubar, e derrubar e derrubar, mas não tem necessidade, não é assim que as coisas funcionam, não é dessa forma.” Fernando Gomes o acusa de não ter permitido a conclusão dessa obra, enquanto que Vane diz justamente o contrário, que a culpa foi da Prefeitura que não teve o cuidado de zelar pelo bem público e por isso a situação chegou onde chegou. 

Ao ser questionado sobre outras obras que começaram no seu governo e não obtiveram prosseguimento, como a creche da Vila Amália e o centro de esportes da Avenida Kennedy, Vane responde que essas obras dependiam de recursos federais, e que não sabe como está o andamento delas, mas afirma que deixou em conta livre mais de R$ 45.000.000.00 para a cidade. “Nós criamos os maiores programas sociais dessa cidade, abrimos dois restaurantes populares, entre tantas outras coisas, fizemos o que foi possível. Pra mim o dinheiro público é um dinheiro sagrado, que Deus irá cobrar.” 

Continua sua declaração dizendo: “Eu entrei na prefeitura com o que tinha e saí com o que eu tinha. Porque eu não sou ladrão. Quem entra na vida pública e enriquece, só tem um nome: ladrão. E eu não sou ladrão. Até o meu salário eu diminuí. Eu não tinha ninguém da minha família trabalhando na prefeitura. Essa meia dúzia de pessoas que procuram difamar meu nome, eu proponho um desafio: Diga a casa que eu tenho, que eu lhe dou. Diga a fazenda que eu tenho, que eu também lhe dou.” 

Sobre o fechamento de alguns colégios durante seu mandato, o ex-prefeito explica que havia na época problemas muito mais relevantes e urgentes do que esse para ganhar tanta repercussão. Os colégios que foram fechados eram colégios que não eram necessários, e além de serem alugados, não faziam parte do município de Itabuna. 

Atualmente Vane é assessor de Ângela Souza, de onde “tira o ganha pão”, mas continua trabalhando e contribuindo na área social pela sua Igreja. E antecipa que não irá se candidatar ao cargo de prefeito na próxima eleição, porque é “um homem livre, que tem liberdade de escolha”, segundo suas próprias palavras.

No vídeo acima você ouve toda entrevista com o ex-prefeito.

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