quinta-feira, 28 de junho de 2018

Quase um mês depois do crime, investigações prosseguem sem novidades e morte de assessor político continua cercada de mistérios

Crime político, passional ou vingança. Estas, por enquanto, são as três vertentes investigadas pela Polícia Civil no caso do assassinato do assessor parlamentar, Antônio José Pinto Muniz, de 49 anos. O crime, ocorrido no último dia 4 de junho, próximo ao condomínio Jardim América, no bairro Nova Califórnia, em Itabuna, ainda não foi esclarecido e a falta de novidades aumenta ainda mais o mistério.

Em entrevista ao repórter Oziel Aragão, da Rádio Difusora, a delegada Magda Figueiredo, titular da Delegacia de Homicídios, informou que todas as testemunhas - amigos, familiares e suspeitos - já foram ouvidas. 

Segundo a delegada, a hipótese de vingança foi ventilada logo após o crime, quando a polícia recebeu denúncias dando conta de que os suspeitos fariam parte de um grupo de traficantes, cuja base da organização ficaria no bairro Pontalzinho. 

No entanto, tais pessoas foram ouvidas e a polícia não encontrou provas que pudessem incriminá-las. “A gente levantou que pessoas ligadas à prisão da bacharela em Direito, Marjorie Maia Bonfim, entenderam que o assessor tinha denunciado a boca de fumo, assim, seria uma morte por vingança, mas não temos provas”, explicou Dra. Magda.

Uma vida discreta
Partindo para a segunda ponte de investigação, a de que o crime pudesse ter sido passional, a delegada citou a possibilidade de a vítima estar envolvida com o assassino. Entretanto, os familiares, em seus depoimentos, garantiram desconhecer qualquer fato ligado à sexualidade do assessor que, de acordo com a família, mantinha bastante discrição sobre sua vida particular. 

Na noite do crime, Muniz participava de um dos eventos do projeto São João nos Bairros, promovido pela TV Santa Cruz e naquele dia o forró acontecia no bairro São Caetano. Ao contrário do que se cogitou no início, Antônio não ficou na festa até o final. “Ele levou alguns amigos e voltou para o bairro Pontalzinho, onde foi para pagar uma conta no bar onde estava”, disse a delegada. 

Amigos da vítima relataram à polícia que Muniz teria comentado com eles, horas antes de ser morto, que “iria resolver uma coisa dele”.

Crime político: remoto, mas não impossível
O fato de Muniz ter atuado como assessor e articulador políticos, com serviços prestados à Câmara de Vereadores de Itabuna, também fizeram com que a polícia pensasse em crime político. Embora essa possibilidade seja remota, a delegada Magda Figueiredo diz que nada pode ser descartado.   

Em meio a tantos mistérios, a polícia só tem uma certeza: o assassino estava com muita raiva. E um detalhe intriga ainda: embora a vítima estivesse de carro, a única coisa que desapareceu foi o celular dela. 

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