Crime político, passional ou vingança. Estas, por enquanto, são as três vertentes investigadas pela Polícia Civil no caso do assassinato do assessor parlamentar, Antônio José Pinto Muniz, de 49 anos. O crime, ocorrido no último dia 4 de junho, próximo ao condomínio Jardim América, no bairro Nova Califórnia, em Itabuna, ainda não foi esclarecido e a falta de novidades aumenta ainda mais o mistério.
Em entrevista ao repórter Oziel Aragão, da Rádio Difusora, a delegada Magda Figueiredo, titular da Delegacia de Homicídios, informou que todas as testemunhas - amigos, familiares e suspeitos - já foram ouvidas.
Segundo a delegada, a hipótese de vingança foi ventilada logo após o crime, quando a polícia recebeu denúncias dando conta de que os suspeitos fariam parte de um grupo de traficantes, cuja base da organização ficaria no bairro Pontalzinho.
No entanto, tais pessoas foram ouvidas e a polícia não encontrou provas que pudessem incriminá-las. “A gente levantou que pessoas ligadas à prisão da bacharela em Direito, Marjorie Maia Bonfim, entenderam que o assessor tinha denunciado a boca de fumo, assim, seria uma morte por vingança, mas não temos provas”, explicou Dra. Magda.
Uma vida discreta
Partindo para a segunda ponte de investigação, a de que o crime pudesse ter sido passional, a delegada citou a possibilidade de a vítima estar envolvida com o assassino. Entretanto, os familiares, em seus depoimentos, garantiram desconhecer qualquer fato ligado à sexualidade do assessor que, de acordo com a família, mantinha bastante discrição sobre sua vida particular.
Na noite do crime, Muniz participava de um dos eventos do projeto São João nos Bairros, promovido pela TV Santa Cruz e naquele dia o forró acontecia no bairro São Caetano. Ao contrário do que se cogitou no início, Antônio não ficou na festa até o final. “Ele levou alguns amigos e voltou para o bairro Pontalzinho, onde foi para pagar uma conta no bar onde estava”, disse a delegada.
Amigos da vítima relataram à polícia que Muniz teria comentado com eles, horas antes de ser morto, que “iria resolver uma coisa dele”.
Crime político: remoto, mas não impossível
O fato de Muniz ter atuado como assessor e articulador políticos, com serviços prestados à Câmara de Vereadores de Itabuna, também fizeram com que a polícia pensasse em crime político. Embora essa possibilidade seja remota, a delegada Magda Figueiredo diz que nada pode ser descartado.
Em meio a tantos mistérios, a polícia só tem uma certeza: o assassino estava com muita raiva. E um detalhe intriga ainda: embora a vítima estivesse de carro, a única coisa que desapareceu foi o celular dela.
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