Aparentemente, era apenas mais uma casa da Travessa Monte Cristo, no bairro Pontalzinho, em Itabuna. Mas, na verdade, a residência havia se transformado num verdadeiro “QG de Inteligência” à serviço da organização criminosa DMP, montado pela moradora do imóvel, Marjorie Maia Bonfim, Bacharel em Direito. A mulher, suspeita de ser umas das “cabeças” do crime organizado, está entre os presos de uma operação da Polícia Civil, realizada hoje de manhã.
Na casa de Marjorie, foram encontradas câmeras de monitoramento, que “vigiavam” qualquer pessoa que se aproximasse do local, inclusive a polícia. Lá, os membros da facção se reuniam e traçavam seus planos mais diabólicos. No local, onde também eram guardadas as armas da organização, foi apreendida, ainda, uma mochila, com quase meio quilo de cocaína e três revólveres calibre 38. Em outro cômodo, a polícia aprendeu uma espingarda calibre 12.
Celular de Ícaro
Em outro imóvel, a Polícia Civil apreendeu inúmeros celulares. Uma das suspeitas é de que um desses aparelho seja do jovem Ícaro Vitor Nunes, brutalmente executado na noite da última quarta-feira (30), no bairro Maria Pinheiro. O celular da vítima teria sido levado pelos assassinos.
Antes de matar o rapaz, os criminosos o forçaram a gravar um áudio, dizendo que estava prestes a ser executado e que sua morte seria parte de uma vingança pela execução do integrante do DMP, Alex de Jesus Góes, o Máscara, cujo crime aconteceu, semana passada, no bairro Monte Cristo.
O delegado disse que todos os celulares serão periciados e que, com certeza, muito material armazenado nesses telefones servirá para ajudar nas investigações. Ele adiantou, ainda, que será feito um exame de balística para confirmar se alguma das armas apreendidas com a quadrilha foi usada na morte de Ícaro.
Do grupo preso nesta sexta-feira, Marjorie, segundo o delegado André Aragão, coordenador da 6ª Coorpin, será uma das indiciadas, assim como Gabriel Araújo Silva, flagrado com uma pistola calibre 380, e Alexandre Pereira, detido com um revólver calibre 38. Ele era considerado fugitivo, pois não retornou o presídio, como foi determinado, após a saída temporária do Dia das Mães.
A operação da Polícia Civil, realizada no Pontalzinho, foi alvo de elogios por parte dos moradores, que sentia refém da violência. De acordo com testemunhas, o movimento de bandidos naquela localidade era intenso, o que deixava a população acuada e com medo.
Links relacionados:
Links relacionados:
Nenhum comentário:
Postar um comentário