Após duas queixas – a primeira de desaparecimento, prestada pelos familiares do pastor evangélico Carlson Benjamin dos Santos, de 38 anos, e a segunda de sequestro, registrada pela própria vítima, que retornou para casa na manhã dessa sexta-feira (15), investigadores da Primeira Delegacia de Polícia em Ilhéus começaram a juntar o quebra-cabeça.
As investigações e, sobretudo, o depoimento do pastor foram decisivos para que a polícia chegasse à conclusão de que tudo isso não passou de uma mentira. O homem compareceu à 1ª DT, na manhã de hoje, para registrar Boletim de Ocorrência, relatando que foi sequestrado por três homens armados na praia do norte em Ilhéus,
O religioso disse que os supostos criminosos teriam colocado um capuz em sua cabeça e o levado em seu próprio veículo para um local ignorado, sendo "liberado" apenas na madrugada dessa sexta. Antes de voltar para Ilhéus, Carlson ligou para a família, informando que havia sido “libertado” pelos “sequestradores” nas proximidades de Feira de Santana.
O pastor, no entanto, acabou entrando em contradições durante alguns trechos do seu depoimento. O delegado Thiago Almeida, que já havia aberto inquérito para investigar o caso, reuniu as informações coletadas pelos investigadores, bem como das declarações colhidas com familiares e as diversas incoerências identificadas no depoimento de Carlson e "xeque mate": o pastor foi ouvido novamente, em Termo de Interrogatório e, questionado pelo delegado Thiago, confessou que fugiu por vontade própria.
Diante da confissão, foi lavrado contra o pastor Carlson Benjamim o TCO pela prática do crime previsto no Artigo 340 do CP - falsa comunicação de crime.
Vale lembrar que a história de desaparecimento, divulgada desde a última quarta-feira (13), mobilizou, não só os familiares e amigos do pastor, mas as redes sociais e a imprensa.
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