domingo, 3 de junho de 2018

Itabuna: “Queda-de-braço” sangrenta entre organizações criminosas resulta em mais um crime brutal





Inicialmente, parece se tratar de um sequestro tradicional, desses que os bandidos sempre pedem algo em troca pela liberdade da vítima. Só que em Itabuna, esses “raptos” não têm “devolução” e o preço já é pago com a vida do próprio sequestrado. E na tarde deste domingo (03), a cidade voltou a ser palco de mais um desses crimes.
Assim como aconteceu com o jovem Ícaro Vítor Reis, de 20 anos, encontrado mutilado no Maria Pinheiro, na semana passada, o ex-operário da Triffil, Thársys Pietro Alves dos Santos, de 29 anos, também foi raptado e fuzilado, sem piedade, pelos seus algozes. O corpo dele, com mais de 10 perfurações provocadas por disparos de calibre 380 e revólver calibre 38, foi localizado numa estrada de chão que dá acesso à Vila de Mutuns, zona rural de Itabuna.
A suspeita de tão brutal assassinato: vingança. Os suspeitos: integrantes da facção criminosa DMP. O resumo da história: uma rivalidade, que parece não ter fim e que vai deixando rastros de sangue por onde passa, dizimando vidas, provocando medo, causando insegurança.

Thársys tinha passagens pela polícia. Foi preso, inclusive, em janeiro desse ano, na Avenida Amélia Amado, por porte ilegal de arma (Lembre aqui). Na época, o homem foi flagrado com uma pistola calibre 22. Fotos que ele publicava nas redes sociais indicavam seu envolvimento com o Raio A, a quem o DMP “declarou” guerra.

Muitos curiosos se aglomeraram no local, onde o corpo de Thársys estava. Os moradores daquela área garantiram que não o conhecia. Mas, testemunhas afirmam que a Vila de Mutuns é “sitiada” pelo Raio A. O lugar ainda seria “garagem”, onde os bandidos guardam veículos roubados em Itabuna.

A população, por sua vez, vive refém da criminalidade. Se algum morador chegar à noite de carro, é obrigado a ligar a luz interna e pedir permissão para passar. Se for de moto, tem que tirar o capacete e se identificar.


Facções na mira da Polícia 
Essa sangrenta “queda-de-braço” entre as duas organizações criminosas “A” e “DMP” tem sido alvo de intensas operações por parte da Polícia Civil. Essa semana, por exemplo, oito pessoas do DMP foram presas no bairro Pontalzinho, com drogas e armas.

Uma bacharel em Direito, inclusive, está entre os que foram foi autuados em flagrante. Na casa dela, havia sido montado uma espécie de “QG de Inteligência”, onde os ataques eram planejados. No local, ainda funcionava um depósito de armas.

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