quarta-feira, 27 de junho de 2018

Alagamentos em rodovia deixam moradores da zona rural de Itapé “ilhados”; crianças estão sem ir à escola

As águas do Rio Colônia subiram e alagaram um dos trechos da BA-120, em Itapé. Com isso, os moradores da zona rural do município sofrem com os transtornos, uma vez que estão dificuldade até para transitar. Vale lembrar que essa parte da estrada que mais parece um "piscinão", faz parte do projeto da barragem de Itapé.  

Enquanto isso, a população aguarda a conclusão da construção de uma nova rodovia. De acordo com o governo do estado, a implantação de um novo traçado da estrada está com mais de 50% concluído e os acessos a esse trecho já estão prontos e podem ser usados. O alagamento, segundo o governo, já estava previsto no projeto de construção da barragem. 

A agente comunitária, Sonivalda Rodrigues, que mora no distrito da Estiva, há 8 quilômetros de Itapé, diz que, após a rodovia ser tomada pela água da barragem, ela conta que está com dificuldade até para pegar um transporte para Itapé, uma vez que o ônibus que faz a linha para lá e que sai de Itajú do Colônia deixou de rodar por conta da estrada alagada. "Acumulou bastante água aqui na barragem e o transporte às vezes passa aqui pela Estiva, às vezes não, porque a estrada [nova] não está pronta ainda", afirmou Sonivalda, em entrevista à TV Santa Cruz.

E não são apenas os moradores da Estiva que estão passando por esse “perrengue” não. A população dos distritos de Corcovado, Água Preta e Mirabela, que também ficam próximas à barragem, estão penando com os alagamentos. Só para se ter ideia, os habitantes da localidade são obrigados a dar uma volta de quase 20 quilômetros para chegar em Itapé. E nesse trajeto, existe uma estrada de barro conhecida como “Ramal das Iscas”, praticamente intransitável e com muitos buracos.

O vaqueiro Valterci de Jesus explicou que, para chegar na fazenda Mirabela pela BA-120, o caminho seria bem mais curto do que pela estrada Ramal das Iscas, mas com a rodovia alagada é difícil transitar. Segundo Valterci, a água do riacho subiu e a ponte ficou coberta. Por conta disso, muita gente que mora do outro lado não tem como atravessar. "Está difícil, não passa carro nenhum. A estrada está precária e não temos acesso para nada", lamentou. 

Os filhos de Valterci estão sem ir à escola, que fica em Itapé. "A gente está pensando em colocar nossos filhos na escola de Ibicaraí, porque fica mais próxima", disse.

Em entrevista à TV Santa Cruz, o diretor de transportes de Itapé informou que fez manutenção nessas vias no ano passado, para melhorar o problema dos buracos e as péssimas condições do local, mas as fortes chuvas que têm caído nos últimos dias contribuíram para alagar as estradas. E o projeto de recuperação, esclareceu a prefeitura, só quando o tempo melhorar.

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