“Buzinaço” e gritos “Fora Temer” explodem nas ruas de Itabuna em protesto de apoio à greve de caminhoneiros

Centenas de pessoas, entre as quais mototaxistas, ciclistas, pedestres, motoristas e caminhoneiros, protagonizou um protesto solidário na tarde desta segunda-feira, em Itabuna, ajudando a engrossar, ainda mais, o coro “entoado” há oito dias pelos grevistas. A manifestação, que saiu por volta das 15h30min, das imediações da Vila Olímpica, na Avenida Kenedy, percorreu as principais avenidas da cidade, como Princesa Isabel, Cinquentenário, Amélia Amado e J.S.Pinheiro.   

Como “som de fundo”, os buzinaços, as bandeiras com pedidos de redução do diesel ilustraram  o cenário e para completar, gritos de guerra “Fora Temer”, ecoando pelo ar, chamando a atenção de quem passava pelos locais “desbravados” pelos manifestantes. No início da noite, o grupo fechou a BR-101, trecho do bairro Jaçanã, mas a interdição durou por poucos minutos. Logo em seguida, a pista foi liberada. 

O movimento foi pacífico, mas esboçou toda a indignação de um povo, que sofre diante das mazelas de um país e do descaso do seu governante. Com a greve dos caminhoneiros, um verdadeiro caos se instalou em todo o Brasil. 

Em Itabuna, a situação não é diferente. Nos postos de gasolina, filas quilométricas se formam. O botijão começa a faltar nas casas e quando aparece são caríssimos. Muitas escolas municipais e até particulares suspenderam as aulas, pois o transporte escolar foi interrompido por falta de combustível. O abastecimento de água está ameaçado de ser suspenso, já que os produtos químicos estão “barrados” em outra cidade. E assim, os fatos vão se estendendo e os problemas aumentando, dia após dia.

Os protestos explodem país afora, mesmo após o presidente Michel Temer anunciar uma nova proposta de redução do diesel, de 0,46 por litro. A categoria ainda não está convencida e exige o resultado imediato nas bombas. 

Mudança de “estacionamento”

Em tempo, os caminhões que estavam parados às margens das BRs 101, em Itabuna, estão agora enfileirados na Avenida Manoel Chaves. A mudança foi motivada pelo notícia de que os caminhoneiros seria multados caso continuassem ocupado as rodovias.