Os vendedores ambulantes da Praça Simão Fitterman, no bairro São Caetano, em Itabuna, estão novamente em “apuros”. Trata-se de mais um capítulo de uma novela chamada “desocupação de área”, “dirigida” pela Prefeitura de Itabuna. A administração, mais uma vez, está notificando os comerciantes e estipulou um prazo de três dias para retirar todas as barracas ali instaladas, mesmo sendo este o único meio que eles têm para garantir o “pão de cada dia”.
Em janeiro desse ano, os ambulantes vivenciaram um episódio como esse, quando foram notificados pela Secretaria de Sustentabilidade Econômica e Meio Ambiente (SEMA), que disse estar cumprindo uma decisão do juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública, Ulysses Maynard Salgado, que determinou, novamente, a desocupação, cuja notificação foi emitida na tarde desta quarta-feira (02). Esta ação, na verdade, tramita na Justiça desde o governo passado e foi prorrogada em 2017, atendendo um pedido do prefeito Fernando Gomes.
“O povo está tudo desesperado”
O que acontece é que os vendedores já trabalham naquele local há muitos anos, alguns até mais de 30. “O prefeito quer tirar a gente de novo. No mês passado, eles chegaram a tirar a minha barraca de foto e a do chaveiro. Eu voltei de novo. Agora, ele [o prefeito] mandou esse ofício de novo e deu três dias de prazo para todo mundo. O povo, tudo pai de família, está aqui desesperado”, desabafou um ambulante.
Por outro lado, a prefeitura alega que quer “zelar” pelos espaços públicos e revitalizar praças e jardins da cidade. Em janeiro, o governo disse, por meio de sua assessoria de comunicação, que estava buscando soluções “para não prejudicar os ambulantes que geram emprego e renda”.
No entanto, quase três meses se passaram e a prefeitura quer repetir a mesma cena, sem, contudo, conseguir um novo local para os pequenos comerciantes.
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