quarta-feira, 11 de abril de 2018

Negócio "recheado" de confusão: magarefe troca carro por arma e vai parar na delegacia junto com outras três pessoas

Aparentemente, era só mais um negócio de troca e venda. Mas, entre os objetos de “barganha” estava um revólver calibre 38. E foi essa arma o “pivô” de toda confusão. O destino dos quatro homens envolvidos nessa “negociação” foi a delegacia de Itabuna.

Para entender melhor essa história, temos que dar primeiro um “pulinho” em Coaraci, onde o magarefe Givaldo Sacramento Santos Júnior, de 32 anos, está passando uns dias, após separar-se da esposa, que mora em Itajuípe. Júnior, como é mais conhecido, trabalha com a compra e venda de gados pela região. Dono de um veículo Fiat Uno, ano 96, dias atrás, resolveu vendê-lo.
Sonda daqui, sonda dali, acabou chegando até um morador de Inema, distrito de Ilhéus, que se interessou pelo carro. Na tarde desta terça-feira (10), Givaldo chamou o amigo, Fabricio Souza de Araújo, de 41 anos, dono da casa onde está hospedado desde a separação, para irem à Inema, fechar o negócio, que ficou assim acordado: o Uno em troca de R$ 400,00, um freezer e uma arma, aquela citada lá no início da matéria.

Tudo acertado. Era hora de voltar para casa. Sendo assim, o comprador do Uno contratou duas pessoas: Jorge Jair Alcântara da Silva e Tiago de Jesus Lima, 21 anos. Estes dois ficaram incumbidos de irem até Coaraci com o magarefe e o amigo dele e depois voltarem com automóvel para entregar ao novo dono. Jorge e Tiago estavam numa motocicleta POP.
No entanto, durante o trajeto, os quatro resolveram parar numa localidade conhecida como União Queimado, distrito de Itajuípe. É que chovia muito e o motociclista pediu para colocar a moto no Uno. Foi exatamente nesse momento que a Polícia Militar ia passando e notou uma movimentação estranha no local. Parou, conversou, revistou e descobriu a arma. Descobriu mais: a POP tinha o chassi raspado e é considerado um veículo-sucata, vendidos em leilão. Portanto, não tinha autorização para circular.

Resultado: os quatro homens foram conduzidos para o plantão do Complexo Policial de Itabuna. Por lá, a confusão foi ainda maior, principalmente, por conta da arma encontrada em posse do magarefe. De um lado, ele sustenta que o revólver foi Jorge Jair quem levou e fazia parte do acordo. De outro, Jair afirma que Givaldo já estava com a arma.

Dos quatro detidos, dois deles têm passagem pela polícia. Jorge admite que foi preso em 2010 por assalto a mão armada (157). Já o amigo do magarefe, Fabrício, responde por crime de receptação de produto roubado.

Na hora do flagrante, além do revólver, Givaldo estava com R$ 4 mil em dinheiro, além de um cheque, frutos, segundo ele, do seu trabalho com as vendas de gado. O carro e a moto POP serão levadas para o pátio do Complexo Policial, onde serão periciadas.


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