quinta-feira, 5 de abril de 2018

Motorista é mantido refém e fica amarrado por quase 10 horas após parada em Itabuna; carga roubada é avaliada em R$ 300 mil

O caminhoneiro foi ameaçado de morte, amarrado e abandonado num ramal próximo ao distrito de Banco Central


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Foto ilustrativa
Medo, muito medo, misturado com uma dúvida cruel sobre qual seria sua “sentença”: tortura, morte ou vida? Resumidamente, foi o que sentiu um caminhoneiro, feito refém por uma quadrilha de assaltantes na noite de terça-feira (03), em Itabuna, local onde parou para fazer um lanche. Mas a violência “tombou” em seu caminho.

A vítima prestou depoimento nesta quarta-feira (04), na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, após ficar com as mãos amarradas durante quase 10 horas, por “determinação” dos bandidos, caso contrário ela seria executada.  O homem, cuja identidade está sendo mantida em sigilo por questão de segurança, relatou que saiu de São Paulo com destino a João Pessoa, na Paraíba.

Passando por Itabuna, resolver parar num posto de combustível para lanchar e foi nesse exato momento, por volta das 20 horas, que ele foi surpreendido pelo bando. Um dos criminosos, armado com uma pistola, se aproximou e o obrigou a acompanhá-lo até o caminhão, que transportava uma carga avaliada em R$ 300 mil.

O motorista, sob a mira de armas, conta que rodou por várias horas, sendo guiado pelo assaltante, já que não conhecia a região. Próximo ao distrito de Banco Central, foi ordenado que parasse o veículo. Neste local, o resto da quadrilha chegou com outro caminhão e roubou todo o carregamento.

Chorando e orando
Mesmo já com posse na carga, os bandidos amarraram as mãos da vítima, que ficou com os pulsos muito feridos. Em seguida, a deixaram lá no carro, abandonada. Antes de saíram, porém, avisaram, ameaçadores: “Se eu fosse você, se conseguir se desamarrar, só saía daqui no mínimo oito horas depois, porque pode ser que tenha um da gente por aí esperando você”.

O caminhoneiro, em entrevista ao repórter Carlos Barbosa, da Rádio Nacional, disse, muito abalado, que para não morrer, passou a noite inteira e ainda parte da manhã desta quarta-feira no lugar onde foi deixado pelos criminosos, chorando e orando muito. Passado esse tempo, ele conseguiu se desamarrar e chegou a um ramal, onde pediu socorro e foi levado para o Posto da Polícia Rodoviária Federal. A PRF, por sua vez, o trouxe para prestar queixa em Itabuna.

O caminhão ainda permanecia no mesmo local até o fechamento dessa matéria, já que foi bloqueado pela Seguradora e somente um dos seus funcionários poderá desbloquear. Feito isso, o veículo será levado para o pátio do Departamento de Polícia Técnica para ser periciado. A polícia investiga o caso e tenta descobrir pistas que levem até o criminosos.

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