Foto ilustrativa |
A vítima prestou depoimento nesta
quarta-feira (04), na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, após ficar com
as mãos amarradas durante quase 10 horas, por “determinação” dos bandidos, caso
contrário ela seria executada. O homem,
cuja identidade está sendo mantida em sigilo por questão de segurança, relatou
que saiu de São Paulo com destino a João Pessoa, na Paraíba.
Passando por Itabuna, resolver
parar num posto de combustível para lanchar e foi nesse exato momento, por
volta das 20 horas, que ele foi surpreendido pelo bando. Um dos criminosos,
armado com uma pistola, se aproximou e o obrigou a acompanhá-lo até o caminhão,
que transportava uma carga avaliada em R$ 300 mil.
O motorista, sob a mira de armas,
conta que rodou por várias horas, sendo guiado pelo assaltante, já que não conhecia
a região. Próximo ao distrito de Banco Central, foi ordenado que parasse o veículo.
Neste local, o resto da quadrilha chegou com outro caminhão e roubou todo o
carregamento.
Chorando e orando
Mesmo já com posse na carga, os
bandidos amarraram as mãos da vítima, que ficou com os pulsos muito feridos. Em
seguida, a deixaram lá no carro, abandonada. Antes de saíram, porém, avisaram, ameaçadores:
“Se eu fosse você, se conseguir se desamarrar, só saía daqui no mínimo oito horas
depois, porque pode ser que tenha um da gente por aí esperando você”.
O caminhoneiro, em entrevista ao repórter
Carlos Barbosa, da Rádio Nacional, disse, muito abalado, que para não morrer,
passou a noite inteira e ainda parte da manhã desta quarta-feira no lugar onde
foi deixado pelos criminosos, chorando e orando muito. Passado esse tempo, ele conseguiu
se desamarrar e chegou a um ramal, onde pediu socorro e foi levado para o Posto
da Polícia Rodoviária Federal. A PRF, por sua vez, o trouxe para prestar queixa
em Itabuna.
O caminhão ainda permanecia no
mesmo local até o fechamento dessa matéria, já que foi bloqueado pela
Seguradora e somente um dos seus funcionários poderá desbloquear. Feito isso, o
veículo será levado para o pátio do Departamento de Polícia Técnica para ser
periciado. A polícia investiga o caso e tenta descobrir pistas que levem até o
criminosos.
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