Jaqueline Teixeira Aquino é uma jovem itabunense de 20 anos, moradora do bairro São Caetano e que todos os dias sai de casa, fazendo sol ou chuva, para vender biscoitinhos, feitos por ela mesmo. A moça, que atualmente faz um curso técnico de Administração, veio de uma família humilde e aprendeu desde cedo o valor do trabalho, não importa quão simples seja ele, desde que a torne uma pessoa digna e melhor. Isso ela aprendeu com seus pais, que tiveram que batalhar muito para criar os dois filhos.
O caráter e esforços de Jaqueline, que trabalha desde os seus 12 anos, lhe renderam reconhecimento e, mais ainda, honrarias. A itabunense foi uma das homenageadas pela Câmera de Vereadores esta semana, com uma Moção de Congratulação, aprovada por unanimidade.
Ovacionada de pé e ao som do coro: ‘ela merece, ela merece!’. Assim, a jovem foi recebida no plenário da Câmara. “Não sei como descrever o que estou sentindo. Mas primeiramente, a Deus toda a honra. Ele tem visto meus esforços, minha dedicação nessas vendas. Trabalho com muito amor, carinho e respeito a cada cliente”, disse a moça, muito emocionada.
A sessão foi sugerida e presidida pelo vereador Enderson Guinho. Segundo ele, mesmo com pouco idade, estes jovens têm construído histórias de vidas inspiradoras. “São o presente e o futuro de Itabuna e estão em toda parte: no serviço público, no comércio ou mesmo ainda nas salas de aula”, argumentou.
A sessão foi sugerida e presidida pelo vereador Enderson Guinho. Segundo ele, mesmo com pouco idade, estes jovens têm construído histórias de vidas inspiradoras. “São o presente e o futuro de Itabuna e estão em toda parte: no serviço público, no comércio ou mesmo ainda nas salas de aula”, argumentou.
Um tragédia em família
No início da matéria falamos que os pais de Jaqueline deram duro pra criar os dois filhos, dos quais só restou a jovem. Isso mesmo. A família Teixeira é mais uma entre tantas outras que carregam a dor da perda de um ente querido. O irmão de Jaqueline foi “arrancado” do convívio familiar pela violência. Jadson Teixeira Aquino, conhecido como “Peti”, tinha 17 anos quando foi assassinado, no momento em que fazia um lanche, no feriado de 15 de novembro de 2016.
Os criminosos já chegaram atirando e outras duas pessoas, incluindo a dona da barraca, também foram baleadas, mas sobreviveram. Na época, revoltados, familiares, amigos e moradores do São Caetano, Fonseca, Pedro Jerônimo, entre outros bairros, se uniram num protesto “batizado” de “Grito da Paz”. No entanto, de lá para cá, um ano e cinco meses se passaram e até hoje os assassinos de Jadson continuam livres, gerando uma sensação de impunidade para os familiares.
Os criminosos já chegaram atirando e outras duas pessoas, incluindo a dona da barraca, também foram baleadas, mas sobreviveram. Na época, revoltados, familiares, amigos e moradores do São Caetano, Fonseca, Pedro Jerônimo, entre outros bairros, se uniram num protesto “batizado” de “Grito da Paz”. No entanto, de lá para cá, um ano e cinco meses se passaram e até hoje os assassinos de Jadson continuam livres, gerando uma sensação de impunidade para os familiares.
Jaqueline e os pais ainda lutam para conviver com o vazio e a dor, rastros deixados pela criminalidade, que não cessa de fazer vítimas inocentes. Assim como Jaqueline, Jadson trabalhava desde cedo. Na época, vendia temperos na feira livre. Não tinha envolvimento com drogas e era um jovem muito querido na comunidade onde morava.
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