Os professores da rede municipal de ensino de Itabuna, cidade do sul da Bahia, fizeram um protesto, nesta quinta-feira (1º), contra a falta de pagamento de um terço das férias, que deveria ter sido pago no dia 17 de janeiro. Itabuna tem 93 escolas municipais, com 20 mil vagas, e, até agora, cerca de 17 mil alunos foram matriculados.
A Secretaria de Educação do município informou que propôs aos professores o pagamento das férias em duas parcelas, mas a categoria só vai definir se aceita ou não a proposta, durante assembleia que será realizada na segunda-feira (5), dia previsto para o início do ano letivo.
Com a realização da assembleia, os professores disseram que as aulas não vão começar na data prevista pela Secretaria de Educação. Ainda não há detalhes de quando os professores vão retornar às salas de aula.
O protesto dos professores ocorreu durante a 30º Jornada Pedagógica, evento realizado para discutir as práticas dos professores e a proposta de ensino para o ano letivo. Cerca de 250 profissionais da educação participaram da jornada. Entretanto, outros 1.350 professores não foram para o evento e protestaram do lado de fora.
"Quando o profissional entra no seu período de férias, tem o direito de receber o salário do mês e mais um terço das férias e isso não foi feito em Itabuna", relatou Carminha Oliveira, presidente do Sindicato dos Professores da rede municipal.
A Secretária de Educação, Anorina Smith, explicou que o recurso do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) não dá para pagar todas as despesas da área da educação e que a prefeitura precisa completar o valor completar a folha de pagamento.
"A nossa prioridade foi não deixar que atrasasse os salários e estamos pagando hoje [quinta-feira]. E fizemos a proposta de divisão, do terço de férias em duas parcelas. Uma agora em março, no dia 15, e a outra em abril", disse Smith.
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