Para evitar que chefes do crime organizado continuem a agir dentro da cadeia, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, sugeriu nesta terça-feira (6) o fim do contato direto entre presos e visitantes nas penitenciárias. De acordo com a Agência Brasil, Jugmann defendeu a construção de parlatórios para que o contato com o detento seja registrado. Vocês já viram em filmes: tem um vidro, tem um telefone, e tudo aquilo que é conversado é registrado. Se houver necessidade, requisitam-se ao juiz aquelas informações”, afirmou o secretário durante a abertura da 13ª Feira Internacional de Segurança, realizada na zona norte de São Paulo.
Para Jugmann, os criminosos fazem da cadeia quase um “home office” (escritório em casa). “É uma maneira de acabar com esse fluxo de informação para dentro e para fora. Mas isso, evidentemente, dependerá de um acordo [com os governos estaduais] a ser feito e da normatização, para que a gente possa definitivamente romper os laços entre o comando do crime, que está dentro do sistema prisional, e aqueles que estão na rua aterrorizando o povo”, disse. Na mesma feira, o ministro afirmou que quer dificultar a progressão de regime em casos de crimes hediondos. “Quem cometeu um crime hediondo não deve ter praticamente nenhum direito à progressão de pena. O nosso problema não está em penas mais longas, está em rever alguns regimes de progressão. Não é possível que o sujeito cometa um crime hediondo, um sequestro seguido de morte e, em poucos anos, pela progressão, ele esteja na rua. Isso é inaceitável”, disse.
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