Uma perícia contratada pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que a empreiteira Odebrecht apresentou provas falsas à Justiça em relação aos repasses de propinas registrados no sistema de contabilidade paralela da empresa, o Drousys.
De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o perito responsável pelas análises aponta marcas de montagens em extratos entregues pela empreiteira ao Ministério Público Federal (MPF) para incriminar o petista, além de inconsistências em datas de transações e em assinaturas.
Com base no resultado, os advogados do petista pediram a suspensão da perícia, nessa quarta-feira (14). O juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, já negou o pedido, nesta quinta-feira (15). "A suspensão da perícia por suspeita de fraude não faz o menor sentido", considerou o magistrado, conforme o portal G1.
Os documentos analisados integram a ação da Lava Jato que investiga o pagamento de propina a Lula, por meio do uso de um apartamento vizinho ao do ex-presidente, em São Bernardo do Campo. Segundo a acusação, o imóvel foi custeado pela Odebrecht.
"A perícia foi determinada exatamente em decorrência dos questionamentos pretéritos da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva acerca da autenticidade dos documentos extraídos do sistema e juntado aos autos", escreveu ainda o juiz, em seu despacho.
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