Mais três macacos foram achados mortos em Salvador, no domingo (4), de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Os animais foram localizados nos bairros de Barragem (Subúrbio Ferroviário), Stella Maris e Rio Vermelho. Com isso, sobe para 64 o número de animais encontrados mortos com suspeita de febre amarela na cidade. Outros oito animais doentes foram encontrados com suspeita da febre amarela.
Todos os 72 casos são analisados pelo Laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para onde foram enviadas amostras de sangue dos macacos mortos e dos adoentados. Ainda não há previsão de quando os resultados serão obtidos.
O último balanço havia sido divulgado pela secretaria na sexta-feira (2), quando dois macacos foram encontrados mortos no bairro de Baixa de Quintas.
Entre os bairros em que houve registro estão Ondina, Castelo Branco, Garcia, Sussuarana, Valéria e Pau da Lima, onde foi achado o primeiro animal morto com suspeita da doença na cidade.
Este ano, o único caso de febre amarela notificado na Bahia foi o de um morador de São Paulo que viajou para Itaberaba, na Chapada Diamantina, e morreu no hospital Couto Maia, na capital. O caso é tratado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), como importado, já que a vítima não contraiu a doença em território baiano.
A morte de um homem de 57 anos, diagnosticado com febre amarela, em Santo Estevão, a 150 km de Salvador, é investigada. A vítima tomou a vacina contra a doença e, dois dias depois, começou a apresentar complicações. O homem tinha problemas de alcoolismo e o fígado bastante debilitado. A suspeita é que a morte pode ter ocorrido por conta de uma reação adversa à vacina.
Em janeiro do ano passado, apenas um macaco foi encontrado morto em Salvador. Durante todo o ano de 2017, foram 13 animais achados mortos na capital com confirmação de febre amarela.
Macaco não transmite a doença
Conforme a prefeitura, as pessoas não devem matar os animais, pois eles não transmitem o vírus da febre amarela, doença que tem como vetor o mosquito Aedes aegypti, o mesmo causador da dengue, zika e chikungunya. O macaco é um sentinela da doença - ou seja, indica quando ela está presente.
Segundo a prefeitura, ao matar um macaco, a pessoa pode responder por maus-tratos e ser enquadrada no artigo 29 da Lei 9605/98 – Lei de crimes ambientais, com pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa.
Aqueles animais encontrados ainda vivos, mas debilitados, são soltos na natureza após a realização de todos os exames necessários durante o período da quarentena, atestando boa saúde.
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