Um dos crimes mais misteriosos, e talvez cruéis, de que se tem notícia na história recente do sul da Bahia entra em nova fase de investigação nesta terça-feira (6) com o primeiro depoimento, na Justiça, dos principais personagens vivos do nebuloso caso ¬ os irmãos Pascoal e Luciano Ribeiro Dantas.
Eles são acusados de planejar o sequestro, seguido de morte, do cigano Iranildo Queiróz, também conhecido como Iran. Os irmãos estão presos em Ilhéus e serão ouvidos pelo juiz Guilherme Vieeto. Apesar das fortes evidências, confirmadas por testemunhas e por, pelo menos, um dos sequestradores, de nome Anderson dos Santos Weber (Léo), os irmãos insistem em dizer que não tiveram qualquer participação no crime.
Mas a família e amigos da vítima não têm dúvida de que os dois têm tudo a ver com a morte do cigano. Ira, ou Iran, como queiram, foi sequestrado no bairro São Domingos, em Ilhéus, no dia 8 de setembro de 2017 por homens armados e disfarçados de policiais civis. Depois disso, nunca mais foi visto. Sequer teve o corpo encontrado até hoje. O crime em muito se assemelha ao famoso caso Elisa Samudio, igualmente sequestrada, morta e que nunca teve o corpo localizado. A única diferença entre os dois crimes é que, no caso de Elisa, alguns acusados foram presos e condenados, entre eles, o ex-namorado dela, Bruno, à época goleiro do Flamengo.
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