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A informação foi divulgada por pesquisadores do Museu Geológico da Bahia, onde a peça está sendo avaliada. De acordo com os especialistas, a suspeita inicial de que o objeto fosse um meteorito foi descartada após a análise.
"Além da forma do material - característica de algo da indústria -, nós temos aí sua composição química onde não tem o níquel - o elemento característico de rochas meteoríticas", contou a pesquisadora Débora Rios.
O objeto foi encontrado em um buraco, em uma área de vegetação que fica no entorno de uma loja de materiais de construção, na noite da terça-feira (20), logo após uma explosão. Um morador da região, que estava em um terreno vizinho, viu a situação e filmou o momento em que teria ocorrido a colisão da estrutura com o chão. A peça tem cerca de 2,9 kg e 15 cm de comprimento.
Nesta quinta-feira, o obejto foi colocado em uma máquina especial que avaliou a formação dele. "Essa análise é feita com um equipamento de fluorescência de raio X. Uma análise simples. Um equipamento portátil. Uma análise preliminar. Aí nós incidimos os raios X sobre a amostra, e obtemos a composição química semi-quantitativa", explicou a pesquisadora.
Os especialista investigam agora se a peça é lixo espacial, e também se pode pertecer à estrutura de um foguete russo, como havia sido informado pela Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon). A Rússia mandou o foguete para uma estação espacial, e durante o deslocamento, alguma parte pode ter se soltado. Um mapa publicado no dia 16 de fevereiro pela Bramon, mostra os pontos onde o foguete russo poderia cair e entre esses pontos está a Bahia.
"Essa peça tem todas as características de algo que passou pela atmosfera, que recebeu quantidade de calor. E também estava previsto, lixo espacial está caindo todos os dias. Embora, haja um enigma. Que é aquele que previa, como de fato aconteceu, a queda de um foguete russo, no dia 16 de fevereiro. E, de fato, aconteceu. E não há nada de previsão para o dia 20, 21 de fevereiro, como pode ter acontecido. Vamos fazer as análises mais detalhadas e, daí, tentar identificar esse material. Saber se ele é usado na industria aeroespacial", disse o geólogo Wilton Carvalho.
O estudo será realizado nos próximos dias, mas não há previsão de quando será finalizado. "Nós precisaremos de mais alguns dias de análises mais precisas - algumas um pouco destrutivas. Vamos ter que cortar uma pequena parte da peça, para poder fazer essas análises", contou a pesquisadora Débora Rios.
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