O ex-prefeito de Itagimirim, Rogério Andrade (PP), levado coercitivamente para prestar depoimento na delegacia de Eunápolis por uma série de denúncias do Ministério Público, acabou ficando preso por outro motivo: posse ilegal de arma de fogo. Segundo o delegado Moisés Damasceno, durante a operação Colarinho Branco, realizada na manhã desta quarta-feira (17) pela Polícia Civil, foi encontrada uma espingarda calibre 12 na casa de Rogério.
Foi arbitrada uma fiança no valor de R$ 90 mil, que ainda não foi paga. Além do ex-prefeito, quatro ex-secretários municipais na gestão de Rogério Andrade foram levados para prestar depoimento. Rilson Neris Miranda também ficou detido, pois a polícia apreendeu com ele munição de fuzil calibre 762, de uso restrito. "Está à disposição da justiça", informou o delegado. Os demais conduzidos, Rafael Amaral, Sérgio Murilo e Wesley José Gonçalves foram ouvidos e liberados no meio da tarde.
Segundo o promotor de justiça Helber Luiz Batista, Rogério Andrade e os ex-secretários são investigados por roubo de bens e documentos da prefeitura, além de condutas de improbidade administrativa, como falta de prestação de contas ao Tribunal de Contas, ausência de portarias de nomeações e das pastas de processos para pagamentos de servidores municipais. Rafael Amaral, que continuou como secretário de Educação no novo governo, nega que tenha roubado qualquer documento ou bens da prefeitura e informou que vai entregar um relatório para a polícia que possa ajudar nas investigações.
A reportagem não conseguiu falar com os advogados dos demais investigados. Os mandados para apreensão e condução coercitiva foram expedidos pelo juiz Roberto Freitas e foram cumpridos nos municípios de Itagimirim, Itapebi, Santa Cruz Cabrália e zona rural de Belmonte.
Fonte: Radar64
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