Apesar do apoio unânime dos participantes em sessão especial nessa terça, 16, na Câmara, permanece indefinida a continuidade dos atendimentos de média complexidade no Hospital São Lucas em Itabuna, pelo SUS. O provedor da Santa Casa, Érick Ettinger Júnior, reclamou do subfinanciamento da saúde pública com a defasagem na Tabela do SUS “há 20 anos está sem reajuste”.
Ettinger negou o interesse no fechamento do São Lucas, mas considera o repasse de recursos pelo SUS um problema crônico. “Não cobre os custos da nossa instituição [cujo déficit mensal seria R$ 300 mil].” Na sessão, a secretária municipal de Saúde, Lísias Miranda, esclareceu que houve mudança na forma do repasse, contudo o contrato teria crescido R$ 60 mil (indo para R$ 869 mil).
Prestes a ser inaugurada, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Monte Cristo poderá tornar-se alternativa para a população itabunense caso o São Lucas encerre os serviços bancados pelo SUS. Segundo Lísias, para ser habilitada como porte 1, a UPA terá que prestar, em média, 300 atendimentos por dia. A título de comparação: o São Lucas hoje realiza 100 consultas diárias.
A sessão especial, requerida por Júnior Brandão (PT), teve ainda a participação do juiz de Direito, Ulisses Salgado, do presidente do Conselho Municipal de saúde, Josivaldo Gonçalves, do médico Isaque Nery (como representante do Governo da Bahia) e do trabalhador Antônio Carlos Dias, funcionário da Santa Casa de Misericórdia.
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